Brasil, 05 de outubro de 2024
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Economia

Inflação deve desacelerar no próximo trimestre, diz economista da CNI em encontro em Goiânia

Publicado em atualizado em 21/07/2022 às 16:03

Em meio à crise econômica, a indústria enxerga no horizonte sinais que indicam, se não “céu de brigadeiro”, ao menos também não o pior dos mundos. Esse foi o sentimento que marcou segunda-feira (18/07) reunião extraordinária da diretoria da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), conduzida pelo presidente da entidade, Sandro Mabel.

O cenário foi desenhado pelo gerente de Economia da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Mário Sérgio Carraro Telles, que participou do encontro, na Casa da Indústria. Ele citou fatores positivos neste ano, a exemplo da melhora no mercado de trabalho, com aumento da massa salarial resultante da elevação inédita do número de pessoas ocupadas, independentemente do tipo de emprego (formal ou informal). É o maior número da série histórica, desde 2012. São 97,5 milhões de brasileiros exercendo alguma atividade remunerada. “Ano passado, tivemos muitas projeções negativas, porém agora temos uma massa salarial que está em crescimento e que gera consumo”, disse.

Entre esses fatores, Telles prevê uma desaceleração da inflação no próximo trimestre do ano. “A nossa projeção é de uma desaceleração bem forte, e dentre outros fatores, será puxada pela lei complementar 194, que veio para ficar”, disse, em referência à medida que reduz a carga tributária de ICMS para diversos setores.

O presidente da Fieg, Sandro Mabel, referendou a opinião do gerente de Economia da CNI, citando igualmente o aumento da massa salarial, que já se reflete no comércio. “Temos recebido cenários econômicos sombrios e, na verdade, temos uma massa salarial crescendo. Nunca tivemos tantas pessoas empregadas como no momento. Portanto, é uma forma de esclarecer e mostrar que as coisas vão melhorar”, enfatizou. As discussões foram embasadas ainda com apresentação mensal referente a julho dos painéis da indústria e agroindústria pelo economista-chefe da Análise Econômica, parceira da Fieg, André Galhardo. 

CÓDIGO TRIBUTÁRIO – A reunião da diretoria da Fieg contou com participação da vereadora Sabrina Garcez (Republicanos), que é relatora do novo Código Tributário de Goiânia, e falou sobre o tema com presidentes de sindicatos das indústrias. Segundo a vereadora, após meses de avaliações, as falhas no código serão corrigidas muito em breve com a aprovação da reforma.

Ainda na reunião de diretoria, o presidente Conselho Temático de Comércio Exterior e Negócios Internacionais (CTComex) da Fieg, William Leyser O’Dwyer, fez um breve balanço das ações desenvolvidas em 20 anos do colegiado e do legado da Federação na área, o que resultou na criação e evolução da cultura exportadora da indústria goiana. “Antes era um calvário para exportar e hoje temos tantas ferramentas disponíveis no CTComex e no Centro Internacional de Negócios (CIN)”, disse ele, citando especialmente a obtenção pela Fieg da certificação Câmara de Comércio Internacional (ICC) para emitir o Certificado de Origem Digital (COD), tornando-se a única instituição goiana detentora do selo.

Durante a reunião, a gerente sindical da Fieg, Denise Resende, promoveu discussão sobre a NR-12, norma regulamentadora relacionada à segurança do trabalho em máquinas e equipamentos, destacando avanços importantes sobre o assunto resultantes da atuação do Instituto Senai de Tecnologia em Automação Industrial, de Goiânia, e da gestão da Fieg para viabilizar financiamentos das indústrias por meio do FCO.

A reunião marcou também a apresentação do novo superintendente da Fieg, Lenner Rocha, em substituição a Igor Montenegro, que vai assumir outras atividades na entidade, segundo anunciou o presidente Sandro Mabel.

No espaço das instituições que integram o Sistema Fieg, o diretor regional do Senai e superintendente do Sesi, Paulo Vargas, e o diretor de Educação e Tecnologia das instituições, Claudemir Bonatto, falaram sobre o status atual do projeto Indústria + Conectada, lançado no ano passado, no âmbito da iniciativa Indústria + Forte e que prevê capacitar 100 mil profissionais até 2026 nas áreas de tecnologia da informação e comunicação, imprescindíveis para o desenvolvimento da Indústria 4.0. Igualmente, o gerente de Tecnologia e Inovação do Senai, Rolando Vargas, apresentou a chamada para seleção de projetos de pesquisa, desenvolvimento e Inovação (P&D+I) Smart Factory, iniciativa do Senai Nacional e parceiros com foco na construção de soluções para serem aplicadas em micro, pequenas e médias empresas (MPEs) para melhoria dos processos industriais e aumento de produtividade.

O superintendente do IEL, Humberto Oliveira, e a gerente de Desenvolvimento Empresarial, Sandra Márcia, falaram sobre o programa Innovation and Supply Chain Leadership Program – Formando Líderes Inovadores para uma Cadeia de Suprimentos Estratégica; e sobre o curso Governança e Sucessão em Empresas de Controle Familiar.