O prefeito Rogério Cruz anunciou, nesta quinta-feira (07/07), que o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Goiânia voltará a contar com apoio de motos, conhecidas como motolâncias. Serão oito, e todas elas estarão prontas para uso em, no máximo, 20 dias. O anúncio foi feito durante solenidade de celebração dos 18 anos do Samu, na sede localizada na 6ª Avenida, Setor Vila Nova.
Cruz afirma que o uso de motos dará mais agilidade ao socorro de vítimas de infarto, acidentes de trânsito e outras situações que exigem rápido atendimento, principalmente em vias congestionadas. “Em 2015, eu era vereador e acompanhei a retirada das motolâncias, que prestavam um apoio importante à população. Agora, retomamos esse serviço que, com certeza, salvará muitas vidas”, diz o prefeito.
Além das motolâncias, Rogério Cruz lembrou que o investimento da atual gestão no Samu viabilizou aquisição de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), mudança da base operacional para nova sede (o que deve acontecer em 30 dias), criação do Plano de Carreira dos Motoristas, conquistas salariais para médicos e reforço de equipes, por meio de contratações emergenciais.
O secretário municipal de Saúde, Durval Pedroso, afirma que os motoristas de moto estão em fase final de treinamento. “O apoio das motolâncias é um serviço importante que permite ao socorrista chegar mais rápido para o iniciar o socorro”.
Números do Samu em Goiânia
Implantado em 2 de julho de 2004, o Samu Goiânia já realizou mais de 756 mil atendimentos. Só em junho de 2022, foram atendidas 4.264 ligações pelo 192 (17 foram trotes) e realizados 3.925 atendimentos, sendo que em 2.100 ocorrências foram enviadas Unidades de Suporte Básico (USB), e em 379 Unidades de Suporte Avançado (USA) que é uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) móvel. Em 1.446 atendimentos, houve orientação médica sem o envio de veículo.
Estrutura do Samu
Atualmente, o Samu Goiânia conta com 17 viaturas. São quatro USA e 13 USB, que estão distribuídas em 11 bases descentralizadas. A descentralização dá mais agilidade ao atendimento.
O Samu ainda faz a gestão do Serviço de Atendimento ao Transporte Sanitário (SATS), que conta atualmente com 25 veículos entre ambulâncias, vans e kombis. “Esse é um outro serviço importantíssimo para a população. É o SATS quem faz aquele transporte mais eletivo, transporta o paciente em casos de menor complexidade, leva e busca o paciente que precisa fazer hemodiálise e tem as duas equipes das Kombis que fazem trabalham no consultório de rua”, diz Durval Pedroso.
Histórias emocionantes
A coordenadora geral do Samu Goiânia, a médica socorrista Wilma Ana Nogueira Santos, diz que o investimento da administração municipal na estrutura do serviço permitiu com que muitas vidas fossem salvas. “Estamos sempre socorrendo, dando a mão a quem está precisando muito, e isso é sempre mexe com nossas emoções”, diz.
O responsável técnico do Samu, o médico socorrista Pedro Ivo Ferreira Favaro, conta que um dos casos que mais emocionou a equipe foi o resgate de dois bebês que se afogaram na piscina de um berçário em Goiânia, em 2 de julho de 2012, exatamente quando o Samu completava oito anos.
“A mobilização ali foi intensa, corríamos contra o tempo, as crianças tinham ficado muito tempo submersas e precisávamos fazer de tudo salvá-las. Ainda havia a dor, a emoção dos pais. Somente uma criança sobreviveu, a outra lutou por mais de 50 dias, mas não resistiu. Esse caso ainda mexe com todos nós”, diz.
Participaram do evento, dentre outras autoridades, os vereadores Pastor Wilson, Lucíula do Recanto e Joãozinho Guimarães, o secretário particular e chefe de gabinete, José Firmino, o presidente do SindiGoiânia, Ronaldo Gonzaga, o presidente da Associação dos motoristas dos servidores públicos do Estado de Goiás (Amupego), Dyherley Angello, e o presidente da Associação dos Servidores da Guarda Municipal de Goiânia (ASGMG), Makes Paulo Marques.