O professor-adjunto do departamento de Comunicação Social da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp) Marcelo Magalhães Bulhões está no centro de um escândalo que mobiliza a comunidade acadêmica de Bauru, no interior paulista. Bulhões é acusado de praticar assédio sexual contra alunas da instituição. Três delas já registraram boletim de ocorrência na Delegacia de Defesa da Mulher. A Unesp afastou o docente.
As três estudantes que procuraram a Polícia Civil, acompanhadas da deputada estadual e advogada Isa Penna (PCdoB), são do curso de Relações Públicas. Elas disseram que Bulhões costumam fazer comentários com conotação sexual que causam “medo”, “desconforto” e “insegurança”. Por isso, teriam começado a se sentar no fundo e nas laterais, escondidas por alunos homens. Essa conduta, de acordo com a advogada, pode ser tipificada como importunação sexual.
Mas não é só isso. Na sexta-feira (1º), estudantes expuseram um banner, nas dependências do campus, mostrando mensagens de teor sexual supostamente enviadas pelo professor a alunas. As mensagens dizem, por exemplo: “Vou te * em alguma rua da cidade. E fazer *” e “Queria muito **. E que passe o dia ***”.
Bulhões, por meio de nota, afirma que “os cartazes foram anonimamente forjados e afixados no campus” e que está sendo vítima de calúnia. Ele diz também que, em 2019, foi acusado de assédio em uma postagem no Facebook e que este caso foi arquivado, “por afiançar que nenhuma ação do teor de assédio” foi cometida.