O presidente do Sindicato das Indústrias Extrativas do Estado de Goiás e do Distrito Federal (Sieeg-DF), Luiz Vessani, participou nesta tarde (05) de reunião na Assembleia Legislativa de Goiás, liderada pelo presidente da Comissão de Minas e Energia e do Fórum Permanente do Setor Energético da Casa, deputado Virmondes Cruvinel (UB), e pelo presidente da Alego, deputado Lissauer Vieira (PSD), para estruturar um plano de ação do Cinturão do Níquel no Oeste Goiano. Durante o encontro, Vessani, fez uma apresentação sobre “Os avanços e obstáculos para a mineração do futuro”, projetando o cenário do setor.
Além dos parlamentares, participaram da rodada de conversas prefeitos e representantes de municípios da região, dentre eles, os prefeitos de Itapirapuã, Erivaldo Alexandre da Silva, e de Novo Brasil, Gabriel Castro.
O deputado Lissauer Vieira ressaltou a importância do encontro, que, segundo ele, discutiu pautas de grande relevância para fomentar o desenvolvimento econômico de Goiás. “Precisamos explorar as riquezas de Goiás e, sem dúvidas, a área da mineração tem um potencial enorme para ser trabalhado”, afirmou. Lissauer Vieira apontou a necessidade da realização de parcerias para que seja concretizada a implantação do Cinturão do Níquel no Oeste Goiano, região formada por 43 municípios. “Contem com meu apoio como representante do Legislativo goiano, junto aos órgãos competentes, para que possamos levar mais desenvolvimento econômico por meio da realização desse projeto”, destacou o presidente.
A reunião resultou na criação de um grupo de trabalho, composto pela Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), representantes dos municípios do Oeste Goiano e da Assembleia Legislativa, que, juntos, irão desenvolver as próximas iniciativas com o objetivo de concretizar o projeto do Cinturão do Níquel.
Potencial extrativista
O Estado de Goiás produziu, em 2020, 56,37% do níquel nacional. As reservas e recursos de níquel laterítico, atualmente cubadas na Região Oeste Goiano, alcançam mais de 100 milhões de toneladas de minério, com teores variando entre 1,03% e 1,45% Ni. O níquel é metal fundamental para tecnologias de energia, além de suas aplicações metalúrgicas tradicionais (aço inoxidável), com projeções de consumo consistente, o que tem colocado o minério em novo e elevado patamar de preços internacionais. As ocorrências principais no Oeste de Goiás abrangem os municípios de Montes Claros de Goiás, Santa Fé, Jussara e Iporá. Cinco empresas detêm, separadamente, reservas de Níquel Laterítico: CBA (Votorantim), Cia. Níquel Santa Fé, Vale S/A, CPRM e INVI.