Brasil, 25 de novembro de 2024
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Fieg participa de Diálogo da Indústria com os Pré-Candidatos à Presidência da República

Publicado em atualizado em 01/07/2022 às 10:40

Cm uma delegação composta por 60 pessoas, a Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) participou na quinta-feira (29) do Diálogo da Indústria com os Pré-Candidatos à Presidência da República para as Eleições 2022, evento promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), em Brasília.  

Desde 1994, a indústria apresenta suas propostas para os próximos anos aos pré-candidatos à Presidência da República. Mais de 1,2 mil empresários de todo o País acompanharam as exposições de Simone Tebet (MDB), Ciro Gomes (PDT) e do presidente Jair Bolsonaro (PL), que busca a reeleição. Cada Federação teve oportunidade de expor as demandas de sua região, visando à atração de investimentos e ao fomento da indústria. O evento contou com participação de representantes das 27 federações estaduais e de associações setoriais da indústria.

O presidente da Fieg, Sandro Mabel, liderou a comitiva a Brasília, composta por empresários goianos, lideranças e assessores técnicos. Segundo o líder do Sistema Indústria, o mais importante desse encontro é entender exatamente os planos de cada candidato para a indústria brasileira. “O Brasil vem perdendo sua importância na industrialização. E este é o momento de fazermos perguntas, e levar ao conhecimento deles o que é importante para nosso setor. O diálogo é um momento ímpar para nosso setor produtivo”, afirmou.

Para o presidente da Confederação da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, há uma janela de oportunidade com a revolução verde e tecnológica pela qual passa o mundo todo. Mas o Brasil não vai alcançar os países mais avançados na economia 4.0 e de baixo carbono se não consolidar uma política para investir em inovação e ter uma indústria nacional forte e dinâmica – já que o setor responde por quase 70% dos investimentos privados em pesquisa e desenvolvimento.

“Para dar esse salto, é preciso implementar uma estratégia nacional de longo prazo que estimule a ciência, a tecnologia e a inovação. Essa política deve ter instâncias de governança bem definidas, recursos adequados e metas e prazos ambiciosos”, defendeu o presidente da CNI.

O vice-presidente da Fieg e presidente executivo do Sifaeg e Sifaçúcar, André Rocha, chamou a atenção para a realidade da indústria nos últimos 20 anos, período em que vive um processo de desindustrialização, o qual precisa ser revertido imediatamente. “Nós precisamos fortalecer as cadeias produtivas e de suprimentos. É urgente a necessidade de reindustrialização do Brasil. A indústria investe em educação, oferece bons salários e promove uma melhor distribuição de renda nos municípios onde estão instaladas”, observou.

Também participaram do encontro o vice-presidente da Fieg Emílio Bittar, os presidentes da Fieg Regional Anápolis, Wilson de Oliveira; dos Sindicatos das Indústrias Gráficas (Sigego) Marcos Antônio do Carmo; das Indústrias de Alimentação (Siaeg), Antônio Benedito dos Santos; das Indústrias Químicas (Sindquímica), Jair José de Alcântara; das Indústrias de Laticínios (Sindileite), Jair José Antônio Borges; das Indústrias de Panificação e Confeitaria (Sindipão), Marcos André Rodrigues de Siqueira; das Indústrias de Construção e do Mobiliário de Anápolis (Sinduscon Anápolis), Luiz Antônio Oliveira; o presidente-executivo do Sindicato das Indústrias de Cerâmica do Estado de Goiás (Sindicer), Itair Nunes; o presidente executivo do Sindicato das Indústrias Farmacêuticas do Estado de Goiás, Marçal Henrique Soares; o diretor do Sindicato das Empresas de Extração de Areia do Estado de Goiás (Sindiareia), Arandu Lauro; o diretor-tesoureiro do Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de Goiás (Sindirepa), Alysson Nogueira; os presidentes dos Conselhos Temáticos da Micro, Pequena e Média Empresa (Compem-Fieg), Jaime Canedo; de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (CDTI-Fieg), Heribaldo Egídio; do Agronegócio (CTA-Fieg), Marduk Duarte; da Fieg Jovem e Fieg + Solidária, Thaís Santos, do Comfedefesa-GO, Anastacios Dagios; da Câmara da Indústria da Construção (CIC-Fieg), Sarkis Nabi Curi; da  Câmara Setorial da Mineração (Casmin-Fieg), Wilson Borges; os superintendentes da Fieg, Igor Montenegro, do IEL, Humberto Oliveira, a gerente sindical, Denise Rezende, o ex-presidente da Fieg Pedro Alves de Oliveira, além de assessores técnicos da Federação.

A “indústria poderosa” de Ciro Gomes

O pré-candidato à Presidência da República Ciro Gomes (PDT) defendeu o que chamou de “indústria poderosa”, que esteja no centro  da estratégia de desenvolvimento do Brasil, o que somente seria possível, segundo ele, por meio de uma cooperação sistemática entre Estado e iniciativa privada e de forte “investimento em gente”, priorizando as áreas de educação, ciência, tecnologia e inovação. “É necessário pactuar esse projeto com objetivos nacionais permanentes, devolvendo ao Brasil a fé de que um dia teremos lugar para todo mundo”, disse. O pré-candidato defendeu, ainda, o fim da reeleição.

Ciro Gomes também anunciou propostas para uma política industrial e de comércio exterior, Financiamento, Infraestrutura e emprego, Macroeconomia: câmbio, juros e equilíbrio fiscal, Educação e Reforma Tributária.

Simone Tebet e o compromisso com a Reforma Tributária

A senadora Simone Tebet, pré-candidata pelo MDB, destacou em seu tempo de fala o compromisso de realizar a Reforma Tributária nos primeiros seis meses de governo, caso eleita. Segundo a senadora, o projeto existente é bom, precisa de alguns ajustes e é importante para desburocratizar, unificar os impostos e tributar menos o consumo. Tebet citou ainda compromisso com pautas importante para indústria, tais como diminuir o Custo-Brasil e criar uma política industrial com foco em inovação e projetos de carbono zero. Para a presidenciável, o Brasil tem responsabilidade com a economia verde e potencial para atrair investimentos, aumentando assim a produção e gerando mais empregos e renda.

Simone Tebet reconheceu a relevância do setor produtivo para a retomada do crescimento do Brasil e destacou a importância da consolidação de uma política de desenvolvimento industrial coordenada pelo governo federal, com metas claras e alinhada às melhores práticas internacionais e à economia de baixo carbono.

Jair Bolsonaro destaca segurança jurídica           

O presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou que seu governo criou segurança jurídica para o País avançar. Ele enfatizou que mais de 20 mil normas regulamentadoras (NRs) sem eficácia foram revogadas desde que assumiu o cargo. Bolsonaro mencionou também que houve avanços em normas trabalhistas, na área de infraestrutura, na política econômica e na desburocratização de regras. Ele disse ainda que, caso reeleito, vai criar um ministério específico para a indústria e comércio no próximo mandato. “O Paulo Guedes pegou uma missão enorme, um adensamento de mais quatro ministérios. Já separamos o Trabalho e Previdência de um lado e pretendemos, conforme foi sugerido na Fiemg há dois meses, em havendo uma reeleição, recriar a Indústria e Comércio, cujo ministro seria indicado pelos senhores, com o perfil dos senhores, para exatamente ter liberdade para trabalhar”, disse.

O presidente destacou que avalia uma desoneração para empresas destinada a estimular a criação de empregos. “No ano passado, tivemos excesso de arrecadação na casa dos R$ 300 bilhões. E foi para abater dívidas esse recurso. O estudo lá com o Paulo Guedes é ver se, com uma desoneração, que a gente venha a perder um pouco desse superavit para abater dívidas, mas que sirva para ampliar o número de empregos no Brasil”, afirmou.