Neste ano, Anápolis se diferenciou de outras cidades goianas com o mesmo porte e até da capital ao atingir, mais uma vez, nota máxima no ranking do ICMS Ecológico, um reconhecimento que o Estado dá a municípios que cumprem com nove critérios ambientais, como a proteção de mananciais. Na prática, o governo estadual repassa uma parcela maior do ICMS ao município comprometido com o meio ambiente. Esse resultado faz parte de um conjunto de políticas públicas que a gestão atual vem organizando através do Programa Pró-Água, uma iniciativa pioneira em Anápolis e exemplo para o restante do país.
Uma das soluções empregadas para resolver problemas de drenagem urbana na cidade são os jardins de chuva, instalados em pontos com histórico de inundações. “É uma forma mais eficaz e econômica”, afirma Thiago Vitorino, diretor de meio ambiente da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Planejamento Urbano e Habitação. A alternativa consiste em plantar árvores nativas do cerrado ao redor de uma vala de captação de água. A mais recente delas está localizada em uma praça do Setor Sul Jamil Miguel.
Para casos de maior volume de água pluvial, a solução proposta é a trincheira de infiltração, como a implantada às margens da BR-153, próximo ao viaduto Ayrton Senna. “Além do combate a alagamentos, essas tecnologias sustentáveis ainda possibilitam a recarga do lençol freático”, explica o diretor.
A eficácia das ações desenvolvidas se deve ao modo como foram construídas: sob medida para a realidade local. Uma ampla pesquisa foi realizada durante cerca de três anos para compreender as questões ambientais do município e, assim, identificar como superar os desafios que se apresentaram. Resultado dessa investigação, o Programa Pró-Água (Lei Municipal 4.108/2021) propõe soluções baseadas na própria natureza para resolver problemas ambientais. A preservação da biodiversidade e da água, o controle e combate às queimadas e a criação de hortas orgânicas em escolas municipais são alguns dos pontos contemplados pelo programa.