A presença do governador Ronaldo Caiado (UB) na convenção nacional das Assembleias de Deus do Ministério Madureira, na semana passada, contribuiu para isolar ainda mais o evangélico João Campos, que tenta empurrar o partido Republicanos (formado majoritariamente por integrantes da igreja) para aliança com Gustavo Mendanha (Patriota).
Caiado não só participou da convenção, como também arrancou manifestações elogiosas do manda-chuva da igreja, bispo Manoel Ferreira, que se referiu ao governador como político “sério, honesto e trabalhador”. Para bom entendedor, meia palavra basta. Testemunharam o pronunciamento cerca de cem pastores.
O recado foi claro: a Assembleia de Deus (no todo, ou parte dela) aprecia João Campos, mas, em termos de eleições estaduais, optou por Caiado. Assim como a Igreja Universal, cujo principal representante na política de Goiás é o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz.
Se João Campos vencer a queda de braço e conduzir o Republicanos para aliança com Mendanha, ele levará consigo alguns segundos do tempo de TV e o próprio nome, apenas. A estrutura de mobilização e a força de convencimento da igreja estarão com o atual governador.