Brasil, 25 de novembro de 2024
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Campanha do Governo de Goiás contra Covid-19, que alcançou 46 milhões de pessoas, conquista três ouros em premiação nacional

Publicado em atualizado em 30/05/2022 às 07:57

“Última Mensagem”, veiculada no ano passado, no auge da pandemia, utilizou áudio derradeiro gravado por taxista que foi vítima do coronavírus. Peça foi criada pela agência Propeg, e coordenada pelo então secretário de Comunicação do Estado, Tony Carlo Bezerra. “Nós salvamos vidas, portanto alcançamos o nosso objetivo”, afirma

A campanha publicitária “Última Mensagem”, veiculada pelo Governo de Goiás em 2021 e desenvolvida pela agência Propeg, foi o destaque da 37ª edição do Prêmio Colunistas Brasília, que analisou 517 trabalhos e elegeu os destaques da publicidade no ano passado. A campanha recebeu medalha de ouro nas categorias “produtos e serviços públicos” no rádio e nas mídias integradas, além de primeiro lugar como peça relativa à pandemia de Covid-19 no rádio.

“Última Mensagem” também foi finalista em quatro categorias: filme destinado a anunciar produtos e serviços públicos, filme com baixo custo de produção, filme relativo à pandemia da Covid-19, e técnica de roteiro de vídeo. A campanha foi coordenada pelo então secretário estadual de Comunicação, Tony Carlo Bezerra Coelho, e na ficha técnica constam nomes de 17 profissionais e três produtoras associadas.

A campanha foi ao ar no momento mais crítico da pandemia. Embora as estatísticas relacionadas a mortes e registro de novos casos de Covid-19 estivessem altas, parcela significativa da população relativizava os riscos da doença e resistia às medidas sanitárias concebidas para restringir a propagação do vírus. A agência publicitária usou áudios reais da última mensagem enviada por um homem contaminado pelo coronavírus, antes de morrer.

A repercussão foi enorme. “Última Mensagem” virou notícia no Fantástico e manchete nos jornais Folha de S. Paulo, Estadão, Opção, nos sites Yahoo! Notícias, Antagonista, B9, Pleno News, ABC da Comunicação, e Vox News.

Estima-se que a mídia espontânea, somada aos anúncios do governo do Estado, tenha levado a peça publicitária a 46 milhões de brasileiros.

“A campanha ajudou a salvar muitas outras vidas, porque espalhou a conscientização sobre os cuidados com a Covid”, afirma Tony Carlo, que hoje é secretário de Comunicação da Prefeitura de Goiânia. “Vivíamos um momento de muita dor e nós decidimos que, naquele momento, era importante o poder público se posicionar em defesa da vida. O áudio que utilizamos é parecido com o que outras milhares de famílias receberam de um parente que faleceu”, destaca.

A vítima da Covid-19 que gravou os áudios utilizados na campanha é o taxista Sandro Adrésio, de 51 anos. Em sua mensagem final, ele diz: “Sinto muito… a falta de ar… tô passando… momentos difíceis… eu conto com a ajuda aí de vocês… com um milagre de Deus… o meu caso não evolui”. Uma voz de locução surge em seguida: “ou você escuta que a Covid-19 mata ou quem vai escutar é a sua família”.

Tony afirma que é difícil ouvir a mensagem sabendo que aquela foi a última gravada pela pessoa, mas pondera que é bom ouvir os resultados que esse impacto causou. “Com a mídia espontânea, muita gente escutou a nossa mensagem. Nós salvamos vidas, portanto alcançamos o nosso objetivo”, conclui.

Veja o vídeo: