Brasil, 03 de outubro de 2024
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Goiás

Aprisionado em projeto do PT, presidente do PV em Goiás queria estar com Caiado

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O presidente do PV em Goiás, Cristiano Cunha, não esconde de ninguém que, se tivesse a autonomia necessária, já teria conduzido o partido à base do governador e pré-candidato à reeleição Ronaldo Caiado (UB). O problema é que, no plano nacional, o seu partido decidiu dar início ao processo de fusão com o PT, o que pressupõe que as legendas caminhem juntas desde as eleições deste ano.

PV e PT estão naquilo que a Justiça Eleitoral convencionou chamar de “federação”. Trata-se, nos dizeres do ministro do STF Luís Roberto Barroso, de um “namoro” entre partidos com afinidade ideológica cujo objetivo (o “casamento”, ou a fusão) ocorrerá em 2024. É uma relação “mais séria” do que as já tradicionais coligações (alianças circunstanciais que têm validade apenas em uma eleição).

Em reiteradas entrevistas, Cristiano Cunha externaliza o seu incômodo com a obrigação de se alinhar ao projeto político-eleitoral do PT, que está sendo construído com a finalidade de fortalecer a candidatura presidencial de Lula. À rádio Sagres, por exemplo, ele disse que o PV está sendo conduzido “a reboque” pelo PT, reclamou da falta de diálogo interno e disse inclusive que consultou a direção nacional do PV sobre a eventual existência de brechas jurídicas queo permitissem se desvincular dos petistas em Goiás, nessa eleição.

Se a desvinculação não for possível (e tudo indica que não será), Cunha terá que manifestar o seu apoio a um dos dois pré-candidatos do bloco: o ex-reitor da PUC-GO Wolmir Amado e o ex-governador José Eliton. Nesse caso, ele opta por Eliton.