Nessa quinta-feira (19), a ministra do STF Cármen Lúcia encaminhou à PGR (Procuradoria Geral da República) dois pedidos de investigação contra o presidente Jair Bolsonaro (PL). Ambas as solicitações estão relacionadas à declaração do mandatário considerada racista.
Ainda nessa semana, outra soliticação de análise contra o presidente Jair Bolsonaro foi feita pelo deputado Israel Batista (PSB-DF) e enviada à PGR pela ministra Rosa Weber.
O encaminhamento à PGR é protocolar e não significa, necessariamente, que haverá uma investigação sobre Bolsonaro. Depois de manifestação da Procuradoria, os processos voltam ao Supremo Tribunal Federal e a ministra decide se eles seguem adiante ou não.
Um dos pedidos foi feito pelo deputado Orlando Silva (PCdoB). O outro, pela bancada do Psol na Câmara dos Deputados.
A fala que levou à investigação foi feita por Bolsonaro em 12 de maio, em frente ao Palácio da Alvorada. Na ocasião, ele disse a um apoiador negro que ele pesava “mais de 7 arrobas”. A medida é utilizada para pesar animais.
Orlando Silva disse, no pedido de investigação enviado ao Supremo, haver “um claro intuito de associar a pessoa negra a um animal”.